- não aguento mais ver gente reclamando de calor. Tá calor. É isso. Aquecimento global. Em vez de reclamar, vá beber um copo d’água gelada, tomar um sorvete, uma cerveja, qualquer coisa. E se eu reclamar do calor – coisa que raramente faço porque nasci na cuscuzeira chamada Paraíba – me mandem beber um copo d’água gelada, tomar um sorvete ou me ofereçam um açaí.
- estou tão esvaziada de ideias que eu me identifiquei bastante com uma figurinha que catei no Pinterest:
- depois fiquei pensando o tão inovadora que sou porque já escrevi uma edição todinha dessa newsletter só com as minhas listas do que fazer – quer dizer, ler e assistir. Volte.
- e, claro, que a lista do que fazer só aumenta.
Por exemplo:
HOJE
Ler 1 capítulo de Orwell’s roses
Pilates
Revisar Embargos do REsp XXXXX
Protocolizar Embargos do REsp XXXXX
Levar cocô de Inácio na clínica
Olhar a distribuição de processos.
Trabalhar de casa (???)
Conferir processos da sessão de 13.03
Perguntar a S. sobre o processo da passarela
minutar manifestação no repetitivo XXXX
Ir ver Duna 2 (???)
Marcar retorno no cardiologista
Preparar frango pra semana toda
Não comer doce
Ler 20 pgs de Oração para desaparecer
Ver um episódio de Veep (???) (Retomar Veep??? ou assistir Seinfeld mesmo???)
*Sério mesmo?
- percebam que não estava incluído escrever texto pra newsletter porque as ideias brotam assim. Ou não brotam, o que é muito mais comum, corriqueiro e usual.
- pensei em escrever um apanhado geral sobre os filmes que vi que estavam concorrendo ao Academy Awards. Mentira, eu queria mesmo era escrever sobre os tapetes vermelhos que eu vi nos últimos meses. Globo de Ouro, Emmy, SAG e, claro, Academy Awards. São todos da indústria estadunidense (eu sei e eu que não vou ficar perdendo meu tempo explicando que eu sei que tem outras premiações e coisa e tal).
- reparou que eu falei que eu queria escrever sobre os tapetes vermelhos e não sobre as cerimônias, as premiações e os filmes?
- sobre os filmes (indicados ao Academy Awards) eu posso até escrever assim um geralzão:
Minha torcida? Anatomia de uma queda.
Meu favorito? Dias perfeitos.
O que mais me impressionou? Pobres criaturas.
O que aqueceu meu coração? Os rejeitados.
- sigo sem ter assistido Zona de Interesse porque eu não li o livro e fiz uma resolução pessoal que só verei depois que ler o livro. É isso. Eu tenho minhas coisas. Quando vou ler o livro? Sei lá.
-e gostei do resto todinho (dos que vi). Inclusive de Oppenheimer. E gostei que Nolan ganhou. E gostei, mais ainda, que Roberto (o Downey Jr.) ganhou também.
Mas isso já virou assunto passado e está na hora de eu me decidir se verei ou não Duna 2.
Me indiquem uma série. Mas lembrem-se de que eu gosto de série mainstream. Mas não tão mainstream. Não me venham com K-dramas ou aquelas séries que são apenas novelas, porém filmadas perto de algum rio no Canadá, mas que se passam nos Estados Unidos.
- mas voltemos ao tema. Os looks:
O favorito absoluto de todos:
-o momento que mais amei: também no SAG awards, o encontro entre Miranda, Andy e Emily, minhas musas:
Ah, essa cena icônica maravilhosa
-e o vestido de Emma Stone rasgou. Ainda tem mulher que veste roupa apertada que rasga durante a dança do amigo? Poxa, Bela Baxter...
-e pior é que a Barbie, que trocou o saltinho pela Birkenstock no filme, estava lá no Oscar sentada toda torta com o vestido apertado. Poxa, Margot…
*Sério mesmo?
- vestido de festa é complicado. Passei pela situação de ir a uma festa que requeria um dresscode especial e eu fiquei deveras nervosa. Tentei entrar em vestido que usei em 2015 (claro que não deu, na época eu corria uns 42km por semana). Entrei em vestido que usei em 2011 (porque na época eu nem sabia o que era correr), mas o vestido ficou longuíssimo em mim, porque, na ocasião, usei com um salto 11cm. Sério mesmo? Usei, mas com certeza tirei a sandália logo que cheguei ao salão de festas e fiquei com o vestido arrastando. O que explica a barra meio puída. Mas, resolvi que deveria cortar a barra, pois decidida estava a usar uma sandália rasteira no dresscode esporte fino. E usei. Mas, juro, meu carisma se acabou pelos próximos 3 meses.
*Favor: não me convidem para festas chiques.
- ainda sobre vestidos de festa, reli O vestido novo, um dos meus contos favoritos de Virginia Woolf. Li pouquíssimos contos dela, por enquanto, pois estou lendo a belíssima coletânea que saiu pela Editora 34. Nesse conto Virginia entra na mente de uma mulher comum de meia idade (olha, eu), que decide mandar fazer um vestido novo (amarelo) pra ir à recepção na casa de Clarissa Dalloway (ela mesma, a Mrs.). Acontece que, vestida em seu vestido amarelo novo, Mabel, a protagonista do conto, sente toda a inadequação e fraqueza de seu sangue borrifado de água ali, em meio a sala dos Dalloway. É isso, Mabel sem carisma fica lá, sujeita aos julgamentos de todos os convidados e, pior, dela mesma. Sofrido demais. Lindo demais. Leiam O vestido novo e entendam.
Estou de mau humor porque li Bernhard recentemente. E quando se lê Bernhard se é contaminada por Bernhard, mesmo que de Bernhard a pessoa tenha nada e, lógico, seja incapaz sequer de explicar Bernhard. Mas vou voltar ao normal porque estou lendo Woolf. Ela me acalma.
Te indico Chewing Gum. Tá na Netflix.
Rafa te indica I May Destroy You. Tá na MAX.
Mesma atriz, duas coisas completamente diferentes.
Mulher, juro que no dia seguinte ao Oscar (porque, jovem senhora que sou, não fico acordada para o evento, rs) me peguei pensando justamente no quão contraditório pareciam os vestidos escolhidos pelas intérpretes de Barbie e de Bella Baxter. No caso especial da Emma, espero que esse contrato dela com a LV acabe o mais rápido possível porque achei a temporada dela no quesito “lukinhos” um show de horrores.